Francisco J. Silva. Foto: Bio News Texas
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Os resultados desta investigação, da autoria de Xiang Yang Han do "MD Anderson Center" e de Francisco J. Silva da Universitade de Valência, Espanha, foram publicados no jornal PLOS NTG, intitulado "On the Age of Leprosy" (doi/10.1371/journal.pntd.0002544).
Trabalho, conduzido por Xiang-Yang Han, um patologista clínico e professor de medicina laboratorial no “MD Anderson Cancer Center”, resultou da descoberta, em 2008, de uma nova espécie causadora da hanseníase, chamada Mycobacterium lepromatosa. Antes desta descoberta, apenas uma espécie de bactéria, chamada Mycobacterium leprae, era conhecida como a causadora da lepra.
Neste artigo, os dois investigadores descrevem a lepra como uma infeção crónica da pele e dos nervos causada pelo Mycobacterium leprae e pela lepromatosa Mycobacterium, esta última a bactéria recém-descoberta. A doença está documentada ao longo dos tempos em culturas antigas, incluindo muitas referências nas antigas escrituras judaicas e na Bíblia cristã.
Atualmente ainda existem centenas de milhares de novos casos de hanseníase em todo o mundo a cada ano, mas a doença é rara nos Estados Unidos e na Europa ou no chamado mundo desenvolvido.
A hanseníase é particularmente conhecida por atacar e desfigurar a pele de um paciente e responsável pela destruição da sensibilidade nervosa. Tratamentos antimicrobianos eficazes já existem atualmente, mas quando a doença não é diagnosticada ou não tratada, pode levar a lesões extensas da pele, deformidades no rosto e nas extremidades do corpo como dedos das mãos e dos pés, podendo conduzir à morte.
A hanseníase também carrega um forte estigma social e o seu diagnóstico é feito com cuidados especiais.
Referência: On the Age of LeprosyHan XY, Silva FJ (2014) On the Age of Leprosy. PLoS Negl Trop Dis 8(2): e2544. doi: 10.1371/journal.pntd.0002544