O diretor-geral do Património Cultural (DGPC), Elísio Summavielle, defendeu hoje a criação, em Lisboa, de um museu "dedicado às origens dos portugueses, com menos espólio e mais comunicação".
Numa entrevista à agência Lusa a propósito do Dia Internacional dos Museus, que se celebra a 18 de maio, sexta-feira, o responsável considerou que "a falta de um museu que explique quem são os portugueses - as suas origens - é uma lacuna".
"Não falo num museu sobre a língua portuguesa, como existe no Brasil, mas um museu sobre a portugalidade", que pudesse ficar instalado no Mosteiro dos Jerónimos "ou noutro espaço em Lisboa, como a Praça do Comércio".
Sobre o projeto da anterior tutela para transferir o Museu Nacional de Arqueologia do Mosteiro dos Jerónimos para o edifício da Cordoaria, Elísio Summavielle indicou que "está suspenso, devido aos atuais constrangimentos financeiros".
No quadro desse projeto, foram feitos estudos sobre o edifício da Cordoaria Nacional, na avenida da Índia, "que indicaram uma solidez estrutural adequada, mas, neste momento, não se podem gastar 15 milhões de euros para adaptar o espaço ao museu e transferir o espólio de arqueologia".
O projeto envolvia também o Museu de Marinha, instalado nos Jerónimos, mas Elísio Summavielle considera que poderiam ser envolvidas outras tutelas, como a do Turismo.