A questão que tem vindo a ser debatida, e que diz respeito à Arqueologia, é o facto dos investigadores aludirem à possível presença de marcas de ferramentas de pedra em alguns desses ossos fossilizados.
Estes dados têm vindo a gerar alguma controvérsia, uma vez que as cronologias mais antigas para os assentamentos humanos na América rondam os 15.000 aC.
Ora, o que Richad Fariña vem dizer, depois de analisar alguns dos fósseis que recolheu, é que os mesmos possuem sinais de terem sido raspados com ferramentas de pedra, uma descoberta que, segundo Fariña, deita por terra as teorias clássicas relativas ao processo do povoamento americano, já que esses fósseis datam de entre 29000-30000 aC .
Segundo Rafael Suarez, especialista em arqueologia, ainda não se pode considerar este local como um sítio de ocupação humana, uma vez que a presença de material lítico é desprezível .
De qualquer forma, a controvérsia entre arqueólogos e paleontólogos uruguaios está lançada, ficando-se a aguardar dados mais consensuais que possam sustentar a teoria de que a ocupação humana do continente americano se processou mais precocemente do que até ao momento se tem vindo a defender.
Referência: Arroyo del Vizcaíno, Uruguay: a fossil-rich 30-ka-old megafaunal locality with cut-marked bones.Proc. R. Soc. B January 7, 2014 281 1774 20132211; 1471-2954