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Foto: Marcelo del Pozo/Reuters
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O museu, que associa as ruínas arqueológicas de uma cidade construída no século X, e que foi a capital do al-Andalus, a um moderno centro de investigação, é ainda “uma ponte potencial entre diferentes culturas e a Europa contemporânea”, acrescentaram os jurados.
Em Penafiel, o director do museu espanhol mostrou-se “orgulhoso” com a distinção deste Fórum patrocinado pelo Conselho da Europa: “Foi uma surpresa enorme, porque se trata de um prémio com grande prestígio, para o qual estavam nomeados museus de grande qualidade”, disse Antonio Vallejo Triano, também conservador do património cultural da Andaluzia, à agência Lusa.
Construída pelo primeiro califa do al-Andalus (o califato de Córdova vai de 756-1031), a cidade de Zahra é hoje o maior complexo arqueológico do período omeia – época de grande prosperidade na Península Ibérica – existente na Europa. Vallejo Triano, que o dirige desde 1985, é também autor da mais completa monografia sobre a cidade (La Ciudad Califal de Madinat al-Zahra), publicada em 2010, ano em que o museu ganhou o prémio de arquitectura da Fundação Aga Khan.
“Este museu é tranquilo e silencioso, e está ao serviço de um património mundial de primeiro nível que temos na cidade de Córdova”, disse ainda o director.
Entre os 46 museus candidatos ao prémio deste ano estavam o centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, no Faial, Açores, o Hotel-Museu do Convento de São Paulo, no Redondo, e o Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa. Os outros concorrentes eram da Alemanha, Holanda, Reino Unido, Rússia, Sérvia, Itália, França, Grécia, Noruega, Croácia, Espanha, Suíça, Suécia, Eslovénia, Estónia, Irlanda, Turquia e Ucrânia.
Na cerimónia, que decorreu no museu municipal de Penafiel, a Assembleia Anual do Fórum Europeu dos Museus distinguiu também, com menções especiais, o museu Audax Textielmuseum, de Tilburg, na Holanda, o The Museum of Disappeared Taste - Kolomna Pastilla, na Rússia, The Museum of Prijepolje, na Sérvia, e The People’s History Museum, em Manchester, no Reino Unido.
Fonte: Público