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Foto: Correio da Manhã |
A Cromeleques "surgiu da constatação de que a população está cada vez mais afastada do seu património, o que se manifesta em actos de vandalismo ou indiferença", explica ao CM Carlos Carpetudo, um dos sócios da empresa, confessando que têm enfrentado dificuldades, mas que as têm vencido com "perseverança e paciência".
Formados em História, na variante de Arqueologia, pela Universidade de Évora, ambos queriam muito trabalhar na sua área de formação, considerando que tinham um contributo a dar para a divulgação arqueológica. A ideia da criação de uma empresa, mesmo em Montemor--o-Novo, nasceu quando Sira estava desempregada e Carlos trabalhava num café.
"Em 2010, era necessário, legalmente, um capital social de cinco mil euros" para criar a empresa, recorda o sócio da Cromeleques, explicando que a solução foi recorrer ao microcrédito, um financiamento que os bancos garantem para pequenos negócios. Neste caso, o BES acreditou no projecto e emprestou a verba necessária para iniciarem o negócio .
Neste momento, estão a trabalhar em rede "com algumas empresas locais de Montemor--o-Novo, concretamente a RTravel e o Restaurante Monte Alentejano, no sentido de proporcionar à população um conjunto de palestras ao ar livre que lhe permitam conhecer melhor as várias facetas desta cidade", adianta Carlos Carpetudo.
A Cromeleques deverá também começar a "colaborar com escolas e agrupamentos, com o intuito de desenvolver acções educativas junto da população escolar", diz o empresário. Os dois sócios, que se conhecem desde os 14 anos, estão assim confiantes no futuro, e o facto de trabalharem no que gostam e na terra em que cresceram "é motivação suficiente para enfrentar qualquer crise".