Obras de requalificação na Vila amuralhada de Carrazeda de Ansiães

A Direção Regional de Cultura (DRCN) do Norte está a realizar obras de requalificação na Vila amuralhada de Carrazeda de Ansiães no valor de 160 mil euros, com o objectivo principal de melhorar as suas condições de visita.

Foto: Site do castelo de Ansiães (www.castelodeansiaes.com)
Esta intervenção está integrada no projeto "Rede de Monumentos do Vale do Douro", uma candidatura apoiada pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON2 - Novo Norte).

A obra, a cargo da DRCN, está dividida em duas componentes principais: uma servirá de limpeza e reposição de derrubes no interior da Vila Amuralhada, designada por Bairo I, com intervenções na conservação das ruínas, tratamento e colmatação dos arruamentos existentes, bem como a colocação de sinalética e mobiliário urbano.

 A outra refere-se à reabilitação estrutural do torreão do lado direito da porta de acesso ao castelo. Esta intervenção enquadra-se num projeto de gestão integrada do espaço, no âmbito das funções de conservação e melhoria das condições de visita. Estes trabalhos decorrem sob acompanhamento arqueológico.


A Vila amuralhada de Carrazeda de Ansiães é um Monumento Nacional propriedade do Estado e afeta à DRCN, entidade responsável pela sua conservação e gestão. Com uma implantação geográfica que remonta ao III milénio A.C, existem escavações arqueológicas que provam que a sua ocupação iniciou-se há cinco mil anos. As actuais ruínas datam dos séculos XII e XIII. Os séculos XII, XIII, XIV e XV definem um período exponencial de crescimento deste reduto amuralhado. O primeiro foral de Ansiães, datado de meados do séc. XI, outorgado pelo rei leonês Fernando Magno, é um dos mais antigos do espaço geográfico que é hoje território português.

 Este primeiro alargamento territorial revela a consolidação crescente da importância urbana que a vila teve ao longo de toda a Idade Média. Mas será na Baixa Idade Média que Ansiães se impõe estrategicamente numa região fulcral do expansionismo cristão, adquirindo assim um estatuto urbano que atinge o seu apogeu durante os séculos XIII e XIV. Foi abandonado em meados do século XVIII, após vários séculos de hegemonia política e administrativa naquele território transmontano.

O projeto "Rede de Monumentos do Vale do Douro", financiado pelo ON2, pretende construir um sistema de credenciação dos monumentos integrantes na rede, tendo em consideração o valor patrimonial, a importância científica, a conservação do monumento, a qualidade dos serviços de apoio ao visitante e os seus acessos, com vista a potenciar a atratividade turística dos monumentos e da região onde estão inseridos.

Estão integrados nesta rede o Castelo de Miranda do Douro, a Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta, a Igreja da Misericórdia de Freixo de Espada à Cinta, a Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, a Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Côa, a Vila amuralhada de Castelo Melhor, o Sítio Arqueológico de Castelo velho de Freixo de Numão, Vila amuralhada de Numão, o Sítio Arqueológico de Castanheiro de Vento e Vila amuralhada e Castelo de Ansiães

Fonte: Direcção Regional de Cultura do Norte
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