A recriação de um castro dos Brácaros, que pode ser apreciada até domingo no Largo de S. Francisco, deve sensibilizar para o conhecimento e preservação dos vestígios arqueológicos da Idade do Ferro que existem em vários locais do concelho.
A ideia foi defendida ontem pelo coordenador da associação JovemCoop, Ricardo Silva, na abertura do ‘Povoado dos Brácaros’, iniciativa da Associação dos Artesãos da Região do Minho, enquadrada na programação da Capital Europeia da Juventude.
A JovemCoop assume a gestão do espaço pedagógico do ‘Povoado dos Brácaros’, dinamizando ateliês de cerâmica e de pinturas faciais, entre outras acções. Ricardo Silva chama a atenção para a existência de vestígios de antigos castros da Idade do Ferro em Dume (Castro Máximo), Nogueiró (Consolação), Sequeira (Caldas), Guisande (Monte Redondo) e Esporões, entre outros locais, que merecem uma maior atenção por parte dos arqueólogos.
Segundo Ricardo Silva, é importante “que não se pense que a arqueologia e o património se esgota na Braga Romana ou na Bracara Augusta”, antes “há necessidade de explorar outras cronologias para além da época romana.”
Segundo Ricardo Silva, é importante “que não se pense que a arqueologia e o património se esgota na Braga Romana ou na Bracara Augusta”
Na inauguração do ‘Povoado dos Brácaros, o presidente da Câmara, Mesquita Machado, disse esperar “nestes quatro dias uma grande animação no centro da cidade”, confiando que esta iniciativa da Associação de Artesãos “seja a primeira de muitas”.
Para além das tendas de artesanato e de uma área de restauração, a recriação do castro dos Brácaros oferece hoje, às 17h00, na Rua do Castelo, a encenação ‘A Verdadeira história da invasão romana’ e, às 22h30, no Campo da Vinha, o ‘Ritual à Deusa Nádia.
Durante todo o dia há actividades lúdicas e pedagógicas, um ‘treino militar de defesa do Castro’, música e animação itinerante. O programa repete-se amanhã e domingo.
Publicado no Correiro do Minho [José Paulo Silva]
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