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Na conferência “Aspetos arqueológicos do concelho de Proença-a-Nova”, que se realizou sábado no Centro Ciência Viva da Floresta, João Carlos Caninas, da AEAT, sublinhou que o objetivo é “recuperar o património para as pessoas, mais do que para os turistas”. Envolver a comunidade local é uma preocupação da equipa, até porque, como destacou o vereador João Manso, “este trabalho vai desenterrando parte da nossa história, às vezes no meio do entulho”.
João Carlos Caninas focou o megalitismo, explicando estarem identificadas mais de uma centena de mamoas e antas As três intervenções da conferência abordaram igual número de temáticas com interesse no concelho. João Carlos Caninas focou o megalitismo, explicando estarem identificadas mais de uma centena de mamoas e antas, embora seja necessário escavar para as podermos conhecer.
O campo arqueológico em curso, na zona das Moitas, está a explorar antas integradas no percurso pedestre PR1.
As pinturas rupestres existentes na Serra das Talhadas foram o tema da intervenção de Francisco Henriques, que mostrou fotografias dos painéis encontrados em abrigos existentes perto do Chão do Galego e nas Portas do Almourão. Sem apresentar a localização precisa das imagens, para minimizar o risco de vandalismo, Francisco Henriques explicou que “o número de figuras é reduzido e a temática pobre”, à exceção de um alegado ursídeo que ainda carece de estudos complementares.
Mais conhecido é o património explicado na terceira intervenção, alusiva à linha defensiva das Talhadas-Moradal. São três os núcleos desta linha existentes no concelho. Na Catraia localiza-se o único forte escavado até agora – o Forte das Batarias –, complementado por uma bateria e uma trincheira em fosso na Cerejeira. Mais recuadas, as estruturas encontradas na Fróia e no Vale d’Urso serviriam de apoio à eventual retirada dos exércitos para Abrantes.
Fonte: Diário Digital de Castelo Branco