Uma viagem no tempo em Vale Boi

As escavações arqueológicas em Vale Boi (Vila do Bispo, Algarve) vão ter um dia aberto ao público: este sábado, dia 21, especialistas dão a conhecer a área e abrem pistas para o passado da região. 

O sítio pré-histórico de Vale Boi, em Vila do Bispo, vai estar aberto e disponibiliza visitas guiadas no dia 21 de Julho. Durante as visitas podem ver-se todos os materiais e tecnologias que são utilizadas durante as escavações arqueológicas. Os participantes vão ainda contar com a presença de vários arqueólogos que irão explicar todo o processo. 

As visitas são abertas a toda a gente, sem número limitado de visitantes, e incluem a possibilidade de envolver o contacto directo entre os participantes e alguns materiais arqueológicos do local, alguns com mais de trinta mil anos. 

O sítio fica situado junto à estrada nacional entre Lagos e Vila do Bispo e as visitas realizam-se entre as 10h e as 16h O sítio fica situado junto à estrada nacional entre Lagos e Vila do Bispo e as visitas realizam-se entre as 10h e as 16h. A iniciativa foi promovida pelo Núcleo de Arqueologia e Paleoecologia (NAP) da Universidade do Algarve e tem o apoio da Câmara Municipal de Vila do Bispo. 

A zona é, desde 2000, alvo de intervenções arqueológicas sob a responsabilidade do arqueólogo Nuno Bicho que considera, segundo comentou à Lusa, ser este um dos melhores locais em Portugal para compreender a fase inicial da presença humana na Península Ibérica. 

Zona arqueológica de Vale Boi 
Descoberto em 1998, o local mostra sinais de uma dispersão de mais de dez mil metros quadrados. Os trabalhos na zona iniciaram-se no ano 2000 e incidiram sobre três zonas: Terraço, Vertente e Abrigo. Com estas investigações, foram identificadas as duas primeiras zonas como áreas distintas de habitação e o abrigo terá sido utilizado como uma lixeira. A área tem uma excelente preservação dos restos orgânicos, o que faz com que seja mais fácil saber como se alimentavam as populações do Paleolítico. Estudos revelam que o javali, o coelho, o veado, o auroque, a lapa, o mexilhão, a amêijoa e o berbigão faziam parte da alimentação dos habitantes. A caça e outras actividades da época eram realizadas com a ajuda de utensílios de pedra, osso, haste e madeira.


Fonte: Fugas [Público]
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