[Fotografia: Cyberjornal]
Foi inaugurada na passada segunda-feira, dia 13, na Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos, - Centro Cultural do Morgado (entrada pelo jardim do pátio do palácio do Morgado) uma exposição sobre a necrópole medieval e moderna de Arruda dos Vinhos, intitulada “Necrópole da Igreja de Nossa Senhora da Salvação”, padroeira daquela vila.
A escavação que decorreu na Rua do Adro, junto ao templo mandado construir por D, Manuel I, revelou toda uma ocupação do local desde a Pré-História até ao final da ocupação do local como campo Santo.
Presidiram à abertura do evento o vice-presidente da edilidade, Lélio Raimundo Lourenço, e a vereadora da Cultura, Maria Gertrudes Cunha, perante um vasto público, que fizeram questão em manifetar um agradecimento especial a toda a equipa que tornou possível, desde a escavação arqueológica até à elaboração e montagem da mostra, bem como à população que se viu privada de parte do espaço urbano durante cerca de quatro meses, obrigando a desvios diários por itinerários alternativos mais longos.
A exposição descreve a importância do sítio através dos vestígios de várias épocas encontradas durante os trabalhos dirigidos pelo arqueólogo da Assembleia Distrital de Lisboa, Guilherme Cardoso, e pela antropóloga, Nathalie Antunes Ferreira que coordenou o estudo dos vestígios ósseos humanos.
De realçar, entre os materiais expostos: pré-história, Idade do Ferro, período Romano, Visigótico e Islâmico. A partir do século XIV ou XV, até ao século XVII, o local foi utilizado como necrópole. São dessa época alguns dos objectos encontrados associados aos enterramentos e que agora estão patentes.
Por último, a reconstituição de um enterramento do século XV, com um dos esqueletos na posição em que foi ali encontrado e alguns ossos, de diferentes indivíduos, que apresentam mazelas devido a doenças, o que tem despertado um vivo interesse por parte dos visitantes.
Fonte: Cyberjornal
Imprimir artigo 
PDF