Visitas encenadas divulgaram antiga judiaria e Cabeço das Fráguas a 2.166 pessoas

Mais de duas mil pessoas participaram, entre junho e setembro, nas visitas encenadas à judiaria da Guarda e ao sítio arqueológico do Cabeço das Fráguas, para divulgar o património e atrair visitantes, informou hoje a autarquia.
[Fotografia: A23Online ]


A empresa municipal Culturguarda e a Câmara Municipal da Guarda desenvolveram este ano duas edições do projeto “Passos à volta da memória”, iniciado em 2010, que contaram com a participação de 2.166 pessoas.

As visitas ao património judaico da cidade, designadas “A Presença Judaica na Guarda”, decorreram entre 19 de junho e 31 de agosto, num total de 57 sessões, que contaram com a participação de 1.929 pessoas.

Entre 14 de julho e 22 de setembro, aos sábados, em 11 sessões, a Culturguarda promoveu uma “Romagem Teatral ao Cabeço das Fráguas”, um sítio arqueológico onde existe uma inscrição em língua lusitana, que teve a adesão de 237 participantes.

Américo Rodrigues, diretor da Culturguarda e coordenador do projeto, faz um balanço positivo das duas iniciativas, realçando a importância do ciclo de promoção do património através do teatro promovido pela autarquia.

Quanto à atividade desenvolvida na antiga judiaria, disse que a adesão do público “foi entusiástica” e “superou” as expetativas da organização.

Na produção que permitiu divulgar e valorizar o património do centro histórico da cidade foram gastos 22 mil euros, acrescidos de IVA, observou.

Sobre a “Romagem Teatral ao Cabeço das Fráguas”, referiu que 237 pessoas se deslocaram ao sítio arqueológico onde existe uma inscrição rupestre que descreve a oferenda de vários animais a diversas divindades.

A ação, que custou 6.150 euros, permitiu divulgar e “tornar mais visível” o Cabeço das Fráguas, situado a 1.015 metros de altitude, só acessível a pé. “Em boa hora se começou a organizar este ciclo que eu espero que tenha continuidade”, afirmou.

O vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, Virgílio Bento, lembrou que a aposta da autarquia surgiu por reconhecer que o turismo cultural e patrimonial são eixos estratégicos para a região “que urge continuar a desenvolver e a valorizar”.

Sobre a continuidade do projeto, afirmou que a autarquia tem “interesse” em mantê-lo, mas mostrou-se preocupado pela decisão do Governo em acabar com as empresas municipais, estando em risco a sobrevivência da Culturguarda, que foi responsável pela produção.

O projeto das visitas encenadas demonstra “que é possível fazer promoção com qualidade e conteúdo, quando as entidades [autarquia e Culturguarda] se unem”, observou a vereadora Elsa Fernandes, responsável pelo pelouro do turismo.

Fonte: A23Online
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