“A investigação científica deve abrir-se ao mundo da terra”, Diz Claúdio Torres à Voz da Planície

O arqueólogo e responsável pelo Campo Arqueológico de Mértola considera que o futuro passa pela abertura da investigação científica ao mundo da terra, a afirmação de Cláudio Torres foi feita ao “preto no Branco” desta semana.

Fotografia: Voz da Planicie
O Campo Arqueológico de Mértola tem 35 anos de trabalho cumpridos, com continuidade e futuro possível e neste momento está a virar-se para o Sul e a abrir bases de trabalho na Tunísia, Marrocos e tem perspectivas para a Argélia, revelou Cláudio Torres.

O Campo numa primeira fase trabalhou as suas descobertas para a museologia e isso já está a dar frutos, Mértola tem 12 museus e recebe entre 20 e 30 mil turistas por ano, que procuram este conhecimento, diz Cláudio Torres avançando que é nesta indústria, a do turismo que o trabalho deve ser feito. Neste contexto afirmou que o turista que chega a Mértola, mais de 50 por cento estrangeiro, de países como a Alemanha e a Inglaterra, é um turista inteligente que é preciso saber fixar e manter.

Para fixar aquele turista de forma agradável, Cláudio Torres avançou que o Campo tem no terreno um projecto que visa a criação de um Museu de Sabores, que faz a ponte com a dieta mediterrânica, património da humanidade. Acrescentou que hoje é preciso saber aproveitar as nossas qualidades alimentares e as da terra e que o futuro passa pela abertura da investigação científica ao mundo da terra e das estruturas rurais.

Recentemente Mértola colocou a descoberto mais um batistério, que o Campo ainda está a estudar, que está a merecer o interesse internacional e que vai receber uma comitiva de 40 especialistas para o investigar em finais de Abril, porque segundo Cláudio Torres é preciso alargar a investigação daquele legado a outras áreas, fora da arqueológica, como a documental, para que o mesmo possa ser verdadeiramente entendido.

Cláudio Torres diz que a abertura ao mediterrâneo é o caminho do Sul e entre homenagens, o arqueólogo vai ver editada no final da primavera deste ano, uma biografia, que conta pormenores da sua vida, como por exemplo da altura em que esteve preso.

Fonte: Voz da Palnície

Ouça a entrevista na Voz da Planície
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