Condeixa-a-Nova cria movimento para candidatar Conímbriga a Património Mundial

A Câmara de Condeixa-a-Nova está a «criar um movimento» para preparar a candidatura das ruínas romanas de Conímbriga a Património da Humanidade, revelou o presidente do município, Nuno Moita.

«Estamos a trabalhar para criar um movimento, agregando as mais diversas entidades, para preparar a candidatura do complexo arqueológico de Conímbriga» a património da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), disse o autarca.

Portugal não pode apresentar qualquer candidatura a Património da Humanidade até 2017 porque integra, até essa data, o Comité do Património Mundial da UNESCO, mas o processo é «complexo e moroso», sublinhou.

A candidatura de Conímbriga à classificação pela UNESCO foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Municipal de Condeixa-a-Nova (constituída por eleitos do PS, PSD, BE e CDU) em 23 de Dezembro de 2013, na sequência de uma moção apresentada pela CDU, tendo merecido, «desde logo, todo o acolhimento da câmara», afirmou Nuno Moita.

Na moção foi proposta «a constituição de um movimento, em coordenação com a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova e parceria com o Museu de Conímbriga, a Direcção-Geral do Património Cultural, a Universidade de Coimbra, a União de Juntas de Freguesias de Condeixa-a-Nova e Condeixa-a-Velha, a assembleia municipal, a Associação Ecomuseu de Condeixa e outros», para candidatar Conímbriga a Património Mundial.

Esse movimento, segundo a mesma moção, deve desenvolver «um programa, a médio prazo, para a realização do levantamento do inventário do património móvel e imóvel do município, e de um programa, a longo prazo», no sentido de que, durante o «mandato de 2013-2017, sejam dados os passos essenciais» para «candidatar Conímbriga a Património Mundial da UNESCO».

Salientando que «apenas um sexto das ruínas de Conímbriga está a descoberto», o presidente da câmara defende a necessidade de investir neste património, para o qual estiveram destinados cerca de 3,5 milhões de euros de fundos europeus, no âmbito do quadro comunitário de apoio que terminou em 2013, mas que não foram aplicados por «falta da comparticipação nacional», num montante de cerca de 600 mil euros.

Aqueles fundos comunitários ainda podem ser recuperados, sustentou Nuno Moita, que já comunicou ao secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, durante uma reunião em 31 de Janeiro deste ano, a disponibilidade do município de Condeixa em suportar uma percentagem da comparticipação portuguesa, para a obtenção daquele investimento em Conímbriga.

Lusa
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