Meda. Foto: www.bestofdouro.com
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Segundo o autarca, o espaço museológico envolve um investimento de cerca de 900 mil euros e está projectado para a antiga casa dos magistrados, localizada na avenida principal de Mêda, e que se encontra actualmente em ruínas.
Anselmo Sousa justifica o investimento com a necessidade de o seu concelho, localizado no norte do distrito da Guarda, «apostar no património e no turismo».
«O nosso concelho é rico em património e (a criação do Museu de Arqueologia) penso que seria uma mais-valia e uma forma de atrairmos turistas», justificou.
Indicou que «muita gente» visita a aldeia histórica de Marialva e a localidade de Longroiva, que possui um castelo, mas não se desloca à sede de concelho por não existirem atractivos turísticos, situação que seria ultrapassada com a criação de um espaço museológico.
O futuro Museu de Arqueologia projectado pela Câmara de Mêda apostará nas novas tecnologias e dará ao visitante a possibilidade de, a partir da cidade sede de concelho, «visualizar todo o valiosíssimo património» existente no território do município, indicou o presidente da autarquia.
De acordo com Anselmo Sousa, para além do património histórico existente nas aldeias de Marialva e de Longroiva, o concelho também possui dois centros arqueológicos de grande interesse, um em Vale de Mouro, freguesia de Coriscada, e outro no Castro de São Jurge, próximo da barragem de Ranhados, que já foram submetidos a escavações arqueológicas patrocinadas pela autarquia.
No Castro de São Jurge, os arqueólogos encontraram um santuário rupestre datado do terceiro ou quarto milénio a.C. (antes de Cristo), num local onde também terá existido uma igreja medieval.
Em Vale do Mouro, Coriscada, localiza-se uma aldeia romana onde foram descobertas diversas áreas revestidas com mosaico policromado idêntico ao de Conímbriga, o que revela a importância do sítio romano.
Fonte: Lusa