Boticas: 1º Colóquio do PAVT apresenta vídeos com as tradições das aldeias da região

Boticas recebeu no fim-de-semana, dia 7 e 8 de Março, o 1º colóquio do Parque Arqueológico do Vale do Terva (PAVT), onde foram apresentados ao público os vídeos realizados no âmbito do programa de “Conservação, estudo, valorização e divulgação do complexo mineiro Antigo do Vale Superior do rio Terva”. A matança do porco e o cozer do pão, foram algumas das tradições retratadas no colóquio.

FOTO: DIÁRIO@TUAL
O primeiro Colóquio de Parque Arqueológico do Vale do Terva (PAVT), realizado no Auditório Municipal de Boticas, teve como objectivo proporcionar um debate sobre a relação entre tradição e desenvolvimento. No encontro foram apresentados os vídeos: “PAVT – Parque Arqueológico do Vale do Terva”, “O Bom Pastor”, “Pão Nosso de Cada Dia”, “Abre o Teu Porco, Conhece o Teu Corpo”, e “Bobadela Romana”.

Os vídeos demostram três elementos importantes (o porco, o pão e o pastor) que identificam a maneira de estar e de viver da população, e registam as principais actividades da economia local. É basicamente o resultado daquilo que aconteceu, sem guião e sem alterar a realidade, estes são vídeos que buscam emoções com a espontaniedade das pessoas.

De acordo com Luís Fontes, professor da Universidade do Minho (UM), estes vídeos pretendem documentar a actividade destas pessoas, e o modo como se relacionam com a terra. “Procuramos retratar a ideia do parque nas paisagens e nas pessoas”, acrescentando que o objectivo deste colóquio “foi para mostrar os vídeos que tínhamos feito no âmbito programa de “Conservação, estudo, valorização e divulgação do complexo mineiro antigo do vale superior do rio Terva, que são a aproximação feita ao quotidianos das populações, as suas práticas e tradições ao modo como vêem o seu prório território” explicou. No programa estão incluídas cinco aldeias do Concelho de Boticas, Ardãos, Bobadela, Nogueira, Sapiãos e Sapelos.

 “O nosso objectivo é mostrar várias histórias, é quase como se tivessemos a ambição de fazer um vídeo de toda a gente, isso é impossivel e por isso mostramos só pequenas histórias” Para o professor da Universidade do Minho, o PAVT pode definir-se assim: “partindo dos principais sítios e monumentos arqueológicos que são as minas romanas, os castros e as próprias aldeias, as populações que lá vivem e os próprios edifícios e a sua arquitectura que é preciso valorizar e recuperar, mas este parque tem sobretudo as pessoas que são o património principal que são extraordinarias e muito acolhedoras, e orgulhosas da sua história” defendeu Luís Fontes. Assim como as pessoas, também os recursos naturais são uma mais valia do PAVT, no futuro esta prestes a ficar pronto o parque eólico, um investimento que pode trazer algum benefício para o Município de Boticas e para as populações, “nao é poluente, nao estraga nada, portanto o PAVT pode ser isso tudo, é a articulação dessas coisas todas que pode ser um recurso que justifica o investimento”.


No futuro, haverá mais vídeos, segundo Luís Fontes “o nosso objectivo é mostrar várias histórias, é quase como se tivessemos a ambição de fazer um vídeo de toda a gente, isso é impossivel e por isso mostramos só pequenas histórias”, a prespectiva da equipa da UM no futuro é de realizar mais vídeos que retratem os hábitos e costumes, ou seja, o dia-a-dia das pessoas nestas aldeias rurais, e da sua tradição. “As sementeiras, as colheitas ou simplesmente ouvir as pessoas na rua, e registar as conversas no largo da aldeia” serão os próximos objectivos” adiantou o professor.

“O importante de qualquer projecto são as pessoas” 
O colóquio contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Boticas, Guilherme Pires e da vereadora Maria do Céu Fernandes, coordenadora do projecto, que aproveitou o momento para sublinhar que este colóquio “é mais uma forma de promover, e divulgar este projecto, estamos ja na segunda fase mas ainda nao está concluído” disse, acrescentando ainda que “o importante deste e de todos os projectos são as pessoas, claro que temos as outras vertente, como a paisagem, o património e acho que os vídeos foram exactamente isso que demostraram” afirmou.

Depois da visualização dos vídeos, o colóquio continuou com um debate sobre o qué é a tradição, e a cultura e para que serve, para que no futuro possa trazer emprego, assim como, para que as pessoas gostem de viver aqui e que permaneçam e desenvolvam cá a sua actividade económica. Este primeiro colóquio do PARVT terminou no sabádo com uma visita ao Centro de Interpretação, em Bobadela, onde estão disponíveis todos os vídeos apresentados.

Esta é já a segunda fase do projecto e termina em Agosto, mas antes haverá um grande simpósio internacional em Julho. Quanto ao próximo colóquio a decorrer em Boticas, com a data ainda por marcar, será sobre os recursos biológicos e botânicos e vai contar com presença dos biológos dos estudos feitos. O objectivo é organizar uma série de eventos, para criar hábitos de vir a Boticas , ao parque e visitar este território. O PAVT é um projeto conjunto do Município de Boticas e da Universidade do Minho, iniciado em 2006 com o programa de “Conservação, estudo, valorização e divulgação do complexo mineiro antigo do vale superior do rio Terva, Boticas”.

Fonte: Diário@tual
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