Sinais de canibalismo encontrados na gruta de Pedreguer (Espanha)

A “Gruta do Conde”, em Pedreguer, Espanha, continua a surpreender os arqueólogos. Conhecida pela sua arte rupestre datada do paleolítico, com representação de cavalos e cabras, é uma das grutas que contém os mais antigos vestígios de arte rupestre de Espanha.


A gruta encontra-se muito bem preservada e segundo os arqueólogos todo o seu espaço “permanece intacto e não muito diferente de como era há 20.000 anos”, disse Joan de Deu Boronat, um dos investigadores responsáveis por uma intervenção arqueológica que foi realizada neste local.

"Quando entramos neste abrigo (gruta) estávamos pisando o mesmo chão que os homens e as mulheres trilharam  há 20. 000 anos", explicou. "Este sitio é um livro aberto", acrescentou Boronat.


E o que é certo é que estes investigadores parecem ter aprendido, ou descoberto a partir de uma das páginas desse livro, que aqueles que usaram o abrigo durante a Pré-História praticavam canibalismo.

Quando algumas sondagens arqueológicas foram feitas neste local, os arqueólogos encontraram um osso de uma criança misturado entre os ossos de animais.

Algumas marcas indicaram que todos esses ossos tinham sido raspados por uma ferramenta de silex, demonstrando uma clara indicação de canibalismo, disse Enric Martinez, presidente da Fundacion Cirne, entidade organizadora da intervenção arqueológica.

Segundo os investigadores responsáveis pela investigação desta gruta, a descoberta pode testemunhar ou sugerir algumas práticas rituais que incluem canibalismo, ou simplesmente foi uma prática cometida devido a uma extrema necessidade de sobrevivência.
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