Escola das Cachoeiras transformada em centro de interpretação arqueológico

A escola primária das Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, desactivada há quase dois anos, vai ser recuperada e transformada num centro de interpretação das escavações arqueológicas do Monte dos Castelinhos.

Monte dos Castelinhos. Foto: Capa de monografia em Issuu
Alberto Mesquita (PS), presidente do município, confirma a O MIRANTE que as obras arrancam em breve e que, “ainda este ano ou no próximo”, o espaço irá abrir portas. “Vamos avançar e todo o património que temos vindo a descobrir no Monte dos Castelinhos vai ser colocado nesse centro de interpretação, sob a orientação dos nossos técnicos e arqueólogos”, explica.


O centro de interpretação irá ter uma exposição permanente com os achados arqueológicos do Monte dos Castelinhos, considerado a nível nacional como um dos mais importantes locais para perceber a romanização do Vale do Tejo, sendo também o local arqueológico mais importante do concelho. “Queremos que o centro de interpretação vá recebendo a visita dos nossos alunos e também de investigadores ou outros interessados nas escavações”, refere o autarca. A iniciativa é do município e os custos da adaptação do espaço serão também suportados pela câmara.

O Monte dos Castelinhos, situado no alto de Castanheira do Ribatejo, guarda os vestígios de uma cidade romana que se estende por uma área de 10 hectares, que estão, aos poucos, a ser desvendados. É um local que tem cativado os amantes da história e onde, todos os anos, alunos da Faculdade de Letras de Lisboa colaboram nas escavações.

A cidade, datada do século I antes de Cristo, terá sido abandonada pouco depois da construção, por motivos que os arqueólogos ainda não conseguem explicar. Já foram encontrados fragmentos de ossos, tijolos, pesos de tear, cerâmica doméstica, aplicações em bronze e um escudo de combate.


“O que temos no Monte dos Castelinhos são duas grandes habitações do tempo de Júlio César (líder militar e político romano que com as suas conquistas estendeu o domínio romano até ao oceano Atlântico)”, explicou João Pimenta, arqueólogo do município, numa das reportagens que O MIRANTE realizou no local. As primeiras escavações começaram há quase sete anos.

Fonte: O Mirante
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