A cidade teria, segundo as conclusões dos especialistas, entre 6 e 7 mil anos. Anteriormente já se tinham achado estações dos antigos habitantes das Curilas, mas é a primeira vez que um povoado destas dimensões é encontrado. O complexo apresenta mais de 100 casas de diferentes tamanhos, algumas das quais podiam abrigar todo um clã familiar.
Além das suas dimensões únicas, a cidade neolítica também surpreendeu os arqueólogos pelo seu estado de conservação. O sítio não se encontra à beira-mar, onde as pessoas normalmente se fixavam, mas em um vale, o que a salvou da erosão do tempo. Na costa, os ventos fortes e a água destruíam inevitavelmente as construções, de modo que ali só se costuma encontrar antigas lareiras e objetos usados no dia a dia ou em sepultamentos.
Na última descoberta dos arqueólogos russos, porém, foram encontradas paredes inteiras de madeira de cabanas quadrangulares ou hexagonais enterradas no solo, segundo explicou à Voz da Rússia o historiador Alexander Vasilevsky.
Segundo os arqueólogos, nas Curilas viveram as tribos mais diversas ao longo do tempo: migrantes do sul do Pacífico, da bacia do Baixo Amur e da ilha de Sacalina, bem como os antepassados de muitos povos do Extremo Oriente.
Fonte: Diário da Rússia