Escavações arqueológicas na Citânia de Briteiros

Ao longo do corrente mês de Julho, a Sociedade Martins Sarmento promove escavações arqueológicas na Citânia de Briteiros, realizadas em cooperação com a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. 


Foto: Wikipédia
Depois de uma série de campanhas anuais, entre 2004 e 2010, os trabalhos arqueológicos, com fins estritamente científicos, foram retomados em 2014.

Recordamos que a Citânia de Briteiros foi primeiramente explorada por Francisco Martins Sarmento entre 1874 (data da aquisição da maior parte dos terrenos pelos quais se estende o povoado fortificado) e 1883. Em 1910, a Citânia, já à guarda da Sociedade Martins Sarmento, foi classificada como Monumento Nacional.


Entre 1930 e 1961, seria alvo de campanhas anuais de escavação e restauro, dirigidas por Mário Cardozo. No entanto, apenas em 1977 se realizou no monumento a primeira sondagem arqueológica obedecendo aos métodos de escavação definidos pela moderna Arqueologia Científica, promovida pela Universidade do Porto.

O âmbito dos conhecimentos, particularmente de faseamento cronológico, eram muito parcelares e indefinidos, mormente a existência de uma área escavada de 7 hectares de impressionantes ruínas do povoado pré-romano. Só a partir de 2004, através de uma estreita colaboração entre a SMS e a Universidade do Minho, foi possível realizar escavações que têm desde então alimentado todos os suportes interpretativos do monumento e todas as questões que nos surgem, de um público cada vez mais específico e informado.

A campanha que se realiza por estes dias na Citânia retomou a escavação das valas de sondagem abertas em 2009 e 2010, que serão concluídas este ano, além de alguns trabalhos de manutenção necessários. Sete estudantes de Arqueologia, nomeadamente 6 alunos da Universidade do Minho, em estágio prático, e um aluno da Universidade de Barcelona, acompanham os Drs. Gonçalo Cruz (arqueólogo da SMS) e José Antunes, numa intervenção projectada e coordenada por Gonçalo Cruz e pela Professora Doutora Maria Manuela Martins, da Universidade do Minho. O Doutor Francisco Sande Lemos, membro do Conselho Científico da SMS, presta assessoria científica a esta intervenção.

As sondagens presentemente em escavação incidem numa unidade habitacional denominada "de tipo domus", a qual terá sido edificada e habitada entre finais do século I a. C. e inícios do século I da nossa Era e terá pertencido a um certo Auscus, conforme a epígrafe recolhida em 2009 no mesmo espaço.

Fonte: TV Minho
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