Investigadores identificam o mais antigo ser humano infectado com a Brucelose

Investigadores europeus recuperaram um genoma da bactéria Brucella melitensis a partir de um esqueleto com 700 anos de idade, encontrado nas ruínas de uma vila medieval italiana. A descoberta é relatada na edição desta semana da mBio ®, uma revista on-line de acesso livre da Sociedade Americana de Microbiologia.


A partir desta amostra, os investigadores recuperaram o genoma de Brucella melitensis, a bactéria que provoca uma infecção chamada Brucelose (Febre de Malta) em animais e seres humanos. Nos seres humanos, a brucelose é geralmente adquirida pela ingestão de produtos lácteos não pasteurizados ou através do contacto directo com animais infectados. Os sintomas incluem febre, artrite e inchaço do coração e do fígado. A doença ainda é frequente na região do Mediterrâneo.


Mark Pallen, responsável pela equipa de investigação diz-se surpreendido pela descoberta, pelo que a técnica por eles utilizada vai agora ser testada numa série de amostras adicionais, incluindo material histórico de múmias húngaras, egípcias, numa múmia coreana do século XVI,XVII e em tecidos pulmonares de uma rainha francesa da dinastia merovíngia.

A "Metagenomics”, assim se denomina a técnica utilizada por Mark Pallen e a sua equipa, está pronta para documentar infecções do passado e do presente, lançando alguma luz sobre o surgimento, a evolução e a disseminação de patógenos microbianos", refere Mark Pallen".

Referência: Kay GL, Sergeant MJ, Giuffra V, Bandiera P, Milanese M, Bramanti B, Bianucci R, Pallen MJ. 2014. Recovery of a medieval Brucella melitensis genome using shotgun metagenomics. mBio 5(4):e01337-14. doi:10.1128/mBio.01337-14.


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