Visitas à intervenção arqueológica do Paço de Giela levaram muitos interessados a este Monumento Nacional

O Paço de Giela, imóvel de propriedade municipal, considerado como um excelente exemplar da arquitetura civil privada, gótica e manuelina, encontra-se a ser intervencionado pela autarquia.


Numa primeira fase levaram-se a cabo as intervenções arqueológicas do monumento que permitiram à equipa de arqueólogos presentes no terreno descobrir e interligar os diferentes períodos temporais que o atravessam. Nesse sentido, e dada a importância do monumento para a população arcuense e não só, foram feitas visitas guiadas durante o passado fim-de-semana que possibilitaram o conhecimento mais de perto da realidade que envolve este imóvel.


O Paço é o resultado de várias intervenções que alteraram a fisionomia do edifício, sendo a Torre contígua do século XIV o elemento mais antigo deste conjunto arquitetónico. Começou por ter como missão a “defesa”, no entanto mais tarde transformou-se em moradia nobre, como revelam as janelas de estilo manuelino e as ameias decorativas – pormenores de embelezamento que revelam riqueza e enobrecem o espaço.

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, está implantado numa pequena elevação sobranceira ao Rio Vez (margem esquerda), a cerca de 1,5 km da sede do concelho de Arcos de Valdevez, dominando parte deste vale. Este projeto prevê a recuperação, valorização e colocação à fruição públicas de um conjunto monumental, um dos marcos da identidade nacional.

De destacar que a Torre vai acolher três pisos, sendo que o inferior será dedicado à arqueologia local; o central irá focar-se na história do Paço e o último dedicar-se-á ao Recontro de Valdevez.

A capela de Santa Apolónia também vai ser recuperada e as casas dos caseiros servirão de unidade de receção ao visitante. Para autarquia esta é uma das mais importantes intervenções no património histórico arcuense e, segundo o Presidente da Câmara Municipal, João Manuel Esteves é um marco da identidade e cultura arcuense. “Portugal começou em Arcos de Valdevez”, afirmou, referindo-se a um outro marco da fundação da nacionalidade portuguesa: o Recontro de Valdevez de 1141.

O projeto pretende fazer a reabilitação do património, uma ação que se reverte de total importância tanto para a população atual como para os vindouros porque faz parte da sua história, a qual se deve preservar. A atração de visitantes e geração de riqueza e dinamismo no conselho é o outro fator implícito nesta intervenção, já que com ela a autarquia espera que Arcos de Valdevez tenha ainda mais notoriedade.
A intervenção conta com o financiamento do Programa de Operacional ON.2 – Eixo: III – Valorização e Qualificação Ambiental Territorial, sendo o seu in-vestimento elegível no valor de 1.383.906,09 euros e a comparticipação FEDER de 1.176.320,18 euros.

Fonte: Local.pt
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