Vem aí dinheiro para salvar monumentos

São 12 milhões que chegam do QREN para reabilitar o sul do país. O Forte da Graça, em Elvas, recentemente classificado como Património da Humanidade, é o primeiro monumento a ser recuperado.

Forte da Graça - Elvas
Se há área no setor cultural que há muito está a asfixiar financeiramente é o património. De norte a sul do país, multiplicam-se os casos de monumentos e edifícios classificados em avançado estado de destruição e não há praticamente nenhum mosteiro, castelo, convento, palácio ou sítio arqueológico que não careça urgentemente de obras de requalificação. Mas dinheiro nem vê-lo.

O parco orçamento da Secretaria de Estado da Cultura não chega para as encomendas, nem que fosse todo utilizado para as reabilitações. Vão-se tapando buracos aqui e ali, um telhado acolá, muito à conta de mecenato e de verbas comunitárias. Mas até monumentos classificados como Património da Humanidade entram nas listas compridas do património em risco e arriscam a desclassificação.

O alívio, pelo menos parcial, chega esta quinta-feira em forma de contrato e em sede do QREN. Doze milhões de euros vão financiar várias intervenções ao nível do património cultural material e imaterial distribuídas por todo o Alentejo.

O Forte da Graça, em Elvas, recebe a fatia mais alta, €5,6 milhões. O projeto de requalificação, "recuperação e adaptação do Forte da Graça para o desenvolvimento de atividades culturais", permitirá reabilitar o monumento integrado no conjunto classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e devolver-lhe as suas características arquitetónicas militares únicas.

A Igreja e Convento de S. Francisco, em Évora, é outra das pérolas arquitetónicas a ser salva pelo QREN. A sua recuperação e requalificação terá um financiamento de €3,4 milhões. Não é para menos, trata-se de um dos mais importantes monumentos góticos do sul do país.

O QREN concede ainda verba suficiente para intervenções na Estação Arqueológica de Alter do Chão, na Torre do Relógio de Alcácer do Sal, na Sé de Elvas, no Espaço Robinson, em Portalegre, na Torre de Menagem de Beja, na Igreja Matriz de Alcáçovas e nas Muralhas de Serpa.

Já no que respeita ao património imaterial, os contemplados com financiamento para projetos de desenvolvimento são a Música Coral, que neste momento organiza a sua candidatura à distinção máxima da UNESCO, e os Bonecos de Estremoz.


Fonte: Expresso - Ler notícia na origem »»
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