Luís Raposo - Foto: Público |
O autarca falava à margem de uma sessão de homenagem aos arqueólogos que estiveram envolvidos no inventário e estudo da Arte Rupestre do Tejo, onde estiveram presentes o atual diretor do Museu Nacional de Arqueologia, António Carvalho, e alguns dos arqueólogos envolvidos nos trabalhos ali realizados na década de 1970, entre eles, o arqueólogo e ex-diretor do Museu Nacional de Arqueologia Luís Raposo.
Este projeto está a ser trabalhado por Luís Raposo há algum tempo e vai funcionar paralelamente com a escola internacional de arqueologia.
O arqueólogo e ex-diretor do Museu Nacional de Arqueologia explicou que os trabalhos naquela que é uma das estações arqueológicas mais importantes do paleolítico médio e que está classificada como imóvel de interesse público, "estão parados há vários anos".
A ideia de criar ali um espaço museológico surgiu na sequência da requalificação que o município de Vila Velha de Ródão está a realizar junto à margem do Rio Tejo.
Luís Raposo referiu que a estação arqueológica, que se estende por uma área de 200 metros quadrados, "não estava e, de certo modo, não está em perigo porque é um local onde não estão previstas construções".
Neste sentido, e como o município se mostrou recetivo em avançar e dar corpo à ideia de Luís Raposo, a musealização da Foz do Enxarrique vai avançar.
"Vamos fazer arranjos de exterior e de superfície para tornar o espaço agradável com painéis informativos, e vamos também fazer uma coisa que é a primeira vez que se faz no país que é escavar uma área que ainda não está escavada para ficar dentro de um espaço fechado, um museu no sítio", adiantou o arqueólogo.
"É um sitio muito importante. Está escavada uma parte que nós consideramos suficiente para cientificamente conhecermos o sítio mas há muito mais para escavar no futuro.
Fonte: Lusa