As autoridades oficiais do Curdistão e a Embaixada do Iraque em Portugal recomendaram que "a missão fosse adiada", tendo a equipa decidido suspender a expedição arqueológica até à primavera de 2015, disse à agência Lusa André Tomé, codiretor do projeto de investigação, afirmando que "a situação alterou-se no terreno", num combate com "um grupo completamente imprevisível" - os 'jihadistas' do Estado Islâmico.
"Seria uma falta de sensibilidade e não seria justo", frisou, recordando que apenas uma equipa de arqueólogos continua no terreno, tendo todas as outras missões internacionais sido suspensas.
Segundo relatos de colegas curdos, "vive-se no Curdistão uma situação de bastante incerteza", quer pelos avanços do Estado Islâmico, quer "pela possibilidade de haver células infiltradas em Erbil e Sulaimania".
Apesar da incerteza, colegas curdos do investigador de Coimbra contam-lhe que "há uma crença muito grande que os 'peshmergas' [forças de segurança curdas] resolvam a situação, com recurso a apoio aéreo" ocidental, referiu.
O projeto da equipa de investigação do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Património (CEAAP) de Coimbra está a ser desenvolvido em Kani Shaie, entre as cidades curdas de Kirkuk e Sulaimania, tendo sido realizada a primeira expedição em 2013.
Nos próximos dias, outra equipa do CEAAP vai à Turquia para preparar a participação noutra missão arqueológica, a realizar em 2015.
Fonte: Lusa