Ourém: Alunos assistiram a uma aula de arqueologia no auditório dos Paços do Concelho

A plateia do Auditório dos Paços do Concelho de Ourém registou uma desusada assistência, para assistir a uma conferência sobre o depósito encontrado, na década de 60, no Cabeço de Maria Candal, na freguesia de Freixianda.

Alunos assistiram a uma aula de arqueologia no
auditório  dos Paços do Concelho. Foto: Auren »»
Composta, na sua maioria, por alunos do ensino secundário, a assistência ouviu Raquel Vilaça, docente de Arqueologia e Artes na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, explicar, de início, o que é a arqueologia, acabando por levar os presentes numa viagem no tempo, “até há três mil anos atrás”.

Em relação ao tema “Arqueologia em Ourém. Camponeses, artesãos e viajantes de há 3.000 anos", a arqueóloga, responsável pelo estudo deste espólio (composto por quatro machados, um punhal, um escopro e uma pinça), publicado em 2012 na revista “O Arqueólogo Português”, apresentou algumas perspectivas sobre o modo como as populações, utilizadoras destes objectos, viviam.


“Tratava-se, fundamentalmente, de uma população composta por camponeses, agricultores e criadores de gado. Habitavam em casas perecíveis, alimentavam-se sobretudo de cereais, sabiam trabalhar o barro e a tecelagem e eram artesãos do metal”, indicou Raquel Vilaça, segundo a qual “dos objetos encontrados, a tenaz/pinça assume um papel importantíssimo, na medida em que, segundo se conhece, é caso único em toda a Península Ibérica”.

A oradora deixou, entretanto, o repto para as entidades competentes desenvolverem estudos sobre este assunto, dada a importância dos lugares arqueológicos do concelho de Ourém, nomeadamente dos achados na freguesia de Espite – um conjunto com 32 peças em metal, datados de há 3.700 anos.

Fonte: Rádio Pombal »»
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