A oferenda 4 de "La Venta" foi encontrada em 1955
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A Oferenda 4 de “La Venta” já foi encontrada em 1955 por Eduardo Contreras (INAH) , mas permaneceu fora do país cerca de meio século, tendo integrado o espólio do Museu de História Natural “Smithsonian Institution”. Voltou para o México em 2011 e desde então tem estado exposta no Museu Nacional de Antropologia (MNA).
A oferenda integra 22 pequenas figuras talhadas em ”pedra verde” representando indivíduos com os crânios alongados e olhos oblíquos, gerando uma deformação formal difícil de entender dentro do contexto escultórico desenvolvido pela Civilização Olmeca.
As peças poderão representar seres que habitam o espaço da morte ou do inframundo. Diana Magaloni referiu que estas figuras têm um rosto humano, mas são seres que estão em transformação.
Quando foi encontrada, a oferta estava cuidadosamente enterrada sob camadas de argilas que tinham diferentes colorações . A primeira camada era de uma cor acastanhada escura, a que se seguia outras camadas com as cores laranja, rosa, amarela e branca. Esta variedade de cores tem vindo a ser interpretada como uma representação dos diferentes níveis do cosmos.
Recentemente as peças foram submetidas a análises no Instituto de Física da Universidade Nacional Autónoma do México, tendo-se identificado a procedência e o tipo de pedra em que foram talhadas as figuras.
Este trabalho permitiu identificar o jade proveniente da Guatemala e a serpentina proveniente Guerrero e Oaxaca, o que, segundo os investigadores, prova pela primeira vez que a os habitantes de “La Venta” efetuaram contactos a longa distância, podendo estas pequenas peças representar objetos de prestígio.
As análises efetuadas às peças encontram-se agora reunidas no livro “La Ofrenda 4 de La Venta, un tesoro reunido en el Museo Nacional de Antropología. Estudios y catálogo razonado”, coordenado por Diana Magaloni y Laura Filloy.
Nesta publicação também se incluem textos de especialistas como Rebecca B. González, Valérie Courtès, Jane MacLaren Walsh, Martha Carmona, Patricia Ochoa, Olaf Jaime-Riverón, Josefina Bautista, José Luis Ruvalcaba e Ricardo Sánchez.
Fonte: INAH (Instituto nacional de Arqueologia e História)