"Objetos da escravidão: abordagens sobre a cultura material da escravidão e seu legado"

"Objetos da escravidão: abordagens sobre a cultura material da escravidão e seu legado" é uma coletânea de artigos de arqueólogos, historiadores e antropólogos, onde se faz a análise interdisciplinar sobre a cultura material ligada a escravidão ou seu legado no presente. O livro, coordenado por Camilla Agostini, pode ser encontrado nas livrarias no Brasil ou ser baixado diretamente no site da Editora 7letras, gratuitamente.

SOBRE O LIVRO

“O diálogo interdisciplinar na abordagem sobre a história da diáspora africana no Atlântico é um objetivo acadêmico muitas vezes celebrado, mas poucas vezes efetivamente cumprido. A aproximação entre antropologia e história tem se feito já há algum tempo nas discussões sobre identidade e cultura, mas se faz bem menos presente nos estudos sobre cultura material, fora do campo da história antiga. Os diálogos entre arqueologia e história da escravidão atlântica são ainda menos comuns e a presente coletânea é um promissor convite para que se aprofundem. Camilla Agostini, ela própria historiadora e arqueóloga, faz a ponte entre os especialistas e nos brinda com um volume pioneiro e fundamental.

Este livro reúne textos supreendentes, resultados de pesquisas primárias originais, que refletem sobre a história dos objetos e sobre a cultura material como problema multidisciplinar. Como a organizadora pontuou na introdução do volume, a proposta da coletânea procurou, por um lado, ilustrar como os estudos sobre a cultura material podem contribuir para o conhecimento da experiência histórica dos africanos escravizados e de seus descendentes no mundo atlântico. Ponto de vista original, busca romper invisibilidades a partir da transformação dos objetos do cotidiano em fontes históricas, o que impõe a interdisciplinaridade como estratégia de pesquisa.

Por outro lado, a coletânea é também um espaço de reflexão epistemológica, que cria “um diálogo real entre disciplinas afins” e estimula ousadias e estratégias metodológicas criativas, capazes de “romper barreiras disciplinares”.

Por fim, a ideia de legado não está no título de modo vazio. As discussões políticas contemporâneas sobre patrimônio e memória, bem como suas implicações para a construção de coleções e discursos museográficos, no passado e no presente, estão também representadas no volume. Cotidianos, espacialidades, identidades, símbolos, signos, cosmologias, legados e heranças são alguns dos temas abordados pelos capítulos do livro. Convido o leitor a percorrê-los, com mente aberta e olhar curioso, como o dos autores”.

Hebe Mattos / Departamento de História – uff
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