Iain McKechnie e Dana Lepofsky. Foto: Universidade Simon Fraser
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O trabalho baseia-se na análise de centenas de relatórios arqueológicos e no estudo de quase de meio milhão de espinhas de peixe provenientes de 171 sítios arqueológicos do Alasca, Colúmbia Britânica e de Washington.
A maioria das espinhas são provenientes do Pacífico, datando a maioria delas de 10 mil anos, numa época em que a pesca era uma atividade central na vida dos indígenas americanos.
Os investigadores reuniram provas concretas que sustentam a teoria de que há milhares de anos os cardumes de arenque foram abundantes e generalizados. Isto contrasta dramaticamente com a fraca densidade da espécie nos mares da atualidade.
Por sua vez, Dana Lepofsky, co-autora do estudo refere também a importância dos dados para o entendimento da vida social e económica das comunidades costeiras. “A arqueologia, através da sua documentação material e da combinação com as tradições orais, configura-se como uma ferramenta poderosa para entender a ecologia costeira antes do desenvolvimento da era industrial".
Referência: I. McKechnie, D. Lepofsky, M. L. Moss, V. L. Butler, T. J. Orchard, G. Coupland, F. Foster, M. Caldwell, K. Lertzman. Archaeological data provide alternative hypotheses on Pacific herring (Clupea pallasii) distribution, abundance, and variability. Proceedings of the National Academy of Sciences, 2014; DOI:10.1073/pnas.1316072111