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A descoberta coincide cronologicamente com provas, descobertas recentemente, de secas nesse período temporal. A conclusão foi formulada depois de os cientistas terem estudado depósitos do fundo do Mar Arábico e do Golfo de Oman, bem como e estalactites de grutas no norte da Índica e sul da Arábia, refere o Independent.
Os investigadores consideram agora que as secas nesse período de tempo foram também parcialmente responsáveis pelo colapso não só da civilização do Vale do Indo, mas também do Império Acádio, do Velho Egipto e, possivelmente, de civilizações que habitaram a região da Grécia durante a Idade do Bronze.
O estudo das condições climáticas foi feito através da análise de provas isotópicas das conchas de caracóis que viveram entre 6.500 a 1.500 anos atrás. Os valores isotópicos do carbonato de cálcio das conchas dos caracóis reflectem o valor isotópico da água dos lagos onde viveram.
Uma vez que o isótopo 16 do oxigénio evapora mais rapidamente do que a água com isótopos 18 de oxigénio, que são mais pesados, os cientistas puderam quantificar as alterações nas taxas de evaporação da água ao longo do tempo. Tais observações permitiram-lhes identificar o início e o fim de uma seca severa de 200 anos anteriormente desconhecida no noroeste da Índia, que ocorreu aproximadamente entre 2100 e 1900 A.C.
Nesse período, as megacidades da região do Vale do Indo – algumas com populações até 100 mil habitantes – entraram em declínio rapidamente. O número das populações começou a diminuir e a antiga civilização, com cerca de 500 anos, acabou por se extinguir.
Fonte: Grensavers