As pirogas, embarcações monóxilas feitas a partir de um tronco de árvore escavado, conhecido na Europa desde a pré-história e mais precisamente desde o neolítico, foram utilizadas no Rio Lima e, por serem embarcações construídas através de uma tecnologia muito particular, merecem grande relevo e assumem enorme importância para a comunidade científica portuguesa e internacional.
Em Viana do Castelo foram encontradas seis pirogas entre as freguesias de Moreira de Geraz do Lima e Mazarefes, sendo que as cinco identificadas foram enviadas para a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática para restauro, estudo e conservação.
Com 385 centímetros de comprimento, 55 de largura e 45 de altura, a embarcação esteve juntamente com outra, em 2013, no Museu Nacional de Arqueologia Subaquática - ARQUA, em Cartagena, para conservação e uma delas esteve mesmo em exposição.
Agora, integra uma mostra que apresenta uma seleção de peças oriundas de ambientes marítimos, fluviais ou húmidos de todo o território nacional desde a época pré-romana ao século XX, com maior incidência na época moderna, resultado de numerosos naufrágios referenciados.
Fonte: Correio do Minho