Foto: Paul Nicklen/National Geographic
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A especialista acrescentou que os estudos genéticos permitem confirmar a sua linhagem asiática Beringio (em referência à ponte terrestre que existiu durante diferentes eras glaciais no que hoje é o Estreito de Bering) e está vinculada com migrações siberianas de um grupo que desenvolveu mudanças de adaptação ao novo meio.
Segundo a arqueóloga, este descobrimento coloca o México «numa posição extraordinária» em relação às pesquisas para esclarecer o vínculo existente entre os primeiros habitantes da América e os grupos indígenas actuais.
A especialista acrescentou que a idade do esqueleto foi confirmada também com estudos de sementes, carvão, fezes de morcego fruteiro e outros restos localizados no lugar, assim como pelas mudanças no nível do mar na era de gelo.
O paleontólogo americano James C. Chatters, autor principal do artigo que ainda será publicado na revista Science, destacou que as excelentes condições de conservação do esqueleto, com crânio e dentição em bom estado, permitiram realizar as análises e conseguir «uma data tão precisa».
«Hoyo Negro é uma cápsula de tempo que conservou a informação sobre o clima e a vida humana, animal e vegetal que existiam no final da última era de gelo», acrescentou.
Fonte: Diário Digital