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Castelo de Mértola |
De acordo com o presidente da autarquia, Jorge Rosa, “neste momento ainda está tudo em aberto. O que existe é uma grande vontade de levar o projeto em frente, mas para isso ainda há muito trabalho a realizar”. A ideia, no entanto, e ao contrário do que faria prever, não passa pela candidatura do núcleo histórico e arqueológico da vila, mas antes “pelo território envolvente, na sua complexidade e coerência, nas relações ancestrais entre o homem e a natureza”, revela Jorge Pulido Valente, do serviço estratégico e de desenvolvimento da autarquia mertolense.
A primeira tarefa da comissão científica, segundo o autarca de Mértola, passa por “identificar com clareza o bem a candidatar e só depois prosseguirão os trabalhos de elaboração da candidatura”. Mas tudo indica que se trata de uma candidatura “mista”, que envolverá o património histórico e arqueológico, os recursos naturais, o rio Guadiana e inclusivamente a faixa piritosa ibérica. “Temos de encontrar o valor excecional universal desta candidatura e o legado islâmico de Mértola, por si, não reúne esse cariz de excecionalidade universal”, afirma Pulido Valente.
Isto apesar de a autarquia reconhecer que este será um mandato mais vocacionado para as questões do património histórico, nomeadamente para o legado islâmico. “Ao contrário dos últimos quatro anos, onde a nossa aposta foi mais evidente nas questões da caça e da economia rural, neste mandato vamos apostar mais no centro histórico”, revela Jorge Rosa.
No que respeita à candidatura de Mértola a Património Natural e Cultural da Humanidade, estão apenas ainda a ser contactadas individualidades, mas a autarquia, segundo o seu presidente, pretende estabelecer parcerias com universidades portuguesas e internacionais e também com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.
Fonte: Diário do Alentejo [Texto Paulo Barriga] »»